O Internacional decepcionou sua torcida e a América do Sul como ninguém esperava. O Internacional tinha o melhor time. O Internacional teve uma maior posse de bola (56%). O Internacional não teve fome de bola.
O jogo
O time de Porto Alegre ficou rondando a área do adversário a maior parte do jogo. Criou chances com Alecssandro, Rafael Sóbis e até Giuliano. Mas foram chances distribuídas ao longo da partida. Não se pode dizer que houve um bombardeio colorado. Não fizeram "nem para o gasto". Com um bocado de competência e sorte do goleiro africano, a bola não quis entrar para satisfazer o time gaúcho. Já o Mazembe criou pouco, mas teve um ótimo aproveitamento e ficou com a vaga.
O time do Internacional
A dupla de zaga dos colorados, formada por Indio e Bolívar já deu segurança aos gaúchos. Mas, no jogo de hoje, ficou claro que eles estão lentos. Para jogarem juntos, precisam, à sua frente, uma dupla de volantes muito boa. Os laterais não podem ser culpados. Defenderam bem e criaram alguns (poucos) lances que movimentaram a partida.
O meio de campo foi o grande problema do Internacional. Ficou evidente a falta que o time sentiu de um bom segundo volante. Na campanha da Libertadores, Sandro saía com maestria lingando a defesa aos armadores. No mundial, tal função ficou para Guinazu que, apesar de correr muito, não sabe passar a bola. Resultado: a bola chegava "quadrada" para a armação. Pior só quando ele tentou auxiliar na criação. D'Alessandro e Tinga ficaram sem muitas opções.
O ataque também não ajudou. Alecssandro, que não é um grande craque, não conseguiu nem ser o cara que empurra a bola para o gol nem o que dá o passe preciso para os companheiros. Rafael Sóbis, um pouco melhor, também não decidiu.
Já o técnico, não soube utilizar suas peças. A começar por deixar Guinazu como o encarregado de ligar a defesa ao ataque. Ele poderia, muito bem, ter improvisado Tinga na função, tirando Wilson Matias e colocando Giuliano para ajudar na criação. A substituição, colocando Oscar no lugar de Sóbis quando o time estava perdendo, foi demais para o jovem jogador. Quem precisava ficar no jogo era Sóbis, que tem mais experiência e já tinha criado algumas oportunidades. Faltou ousadia para escalar Tinga de segundo volante e sobrou ao colocar o jovem Oscar nessa "fogueira".
Além das quatro linhas
O Internacional, que fala com muito orgulho que é o primeiro campeão de tudo, agora tem outra conquista: o primeiro sul americano a dar vexame em um Mundial Interclubes. Como disse PVC, a partir de agora, nunca poderemos repetir que as semi finais do torneio são apenas "para cumprir tabela". Os colorados, muito provavelmente, não terão nem o gostinho de ver os gremistas gritarem INTER, o que aconteceria no caso de uma final dos gaúchos contra o time de Milão.
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